terça-feira, 10 de abril de 2012

Diagnóstico: Doença de Parkinson

E agora? O que fazer?
Essas e outras perguntas me acompanharam no caminho do consultório para casa.
O médico dissera: doença degenerativa que afeta os movimentos do corpo, porque o cérebro deixa de produzir dopamina.
E agora? O que fazer?
Aos poucos iria perder os movimentos!! Deixaria de andar!!
Travei.
Uma das primeiras descobertas. O stress acentua a rigidez muscular. Agente trava.
Entrei em casa, liguei para uma amiga. Precisava dividir com alguém as sensações que aquele diagnóstico despertara.
Ela disse: conta comigo.
Eu pensei: e agora? o que fazer?
O tempo foi passando ...
E como diz a sabedoria popular: nada como um dia após o outro, com uma noite no meio para arrumar as ideias.
Naquele dia, acordei e como de costume liguei a televisão. Na tela Ana Maria Braga reunia para um batepapo duas pessoas ilustres Xuxa e Monica Souto. Elas conversavam sobre a Doença de Parkinson.
Essa conversa abriria para mim novas possibilidades. Nela encontrei resposta para a pergunta: o que fazer?
A partir, prinpalmente, do testemunho de Monica eu descobri que:
_ Além de não morrer disso (como me dissera o neurologista). Eu poderia viver bem .Comecei a participar das conversas nas salas de batepapo na internet promovidas pelas Associações de parkinsonianos de São Paulo e do Paraná. Nelas ,as experiencias dos meus companheiros apontaram caminhos  (soluções praticas e criativas para dificuldades do dia dia e uma dica : frequente as reuniões mensais das Assoociações de Parkinsonianos).
E agora ? O que fazer? 
Trocar experiencias.
Movimentar-se. 
Alimentação sáudavel.
Enfim, como diria minha gurua Monica Souto (em uma conversa recente):
_ " Parkinsonianos muitas vezes cansam, mas feliz é aquele que não perde a força."

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Dia Internacional de Conscientização da Doença de Parkinson / Encontro Mensal ao ar livre



Convida

Encontro mensal ao ar livre

Dia 14/04/2012 (Sábado) - às 10 horas

Local: Campo de São Bento

Entrando pela rua Roberto Silveira, a esquerda (próximo a Santa).

Olá pessoal!!!

Nossa reunião este mês será antecipada para o 2º sábado do mês, e será de maneira diferente. Faremos um Encontro no Campo de São Bento onde além de nos encontrarmos e conversarmos, distribuiremos alguma material de divulgação sobre a Doença de Parkinson e o GAP. Assim estaremos realizando um evento pelo Dia Internacional de Conscientização da Doença de Parkinson (11 de Abril)

Enfim, nossa reunião esse mês será a céu aberto, e também aberta a quem chegar...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

“Não se preocupe, disso você não morre”

As primeiras sensações vieram acompanhadas de uma tristeza. Junto com ela a dificuldade em articular as palavras com clareza. A dificuldade na comunicação contribuiu para um isolamento e uma tristeza cada vez maior. Resumindo: vivia no automático.

Era como se estivesse descendo uma ladeira sem freio. Com muito medo de cair, mas sem vontade para fazer nada.

Junto com esse turbilhão de sentimentos começo a notar algumas mudanças nos movimentos do meu corpo. O braço e a mão esquerda se comportavam diferente.do lado direito. Era um incomodo que só eu sentia, só eu percebia. Um descompasso que crescia cada vez mais. Um descompasso que mexia com a minha vida e me fez procurar um médico.

Começou aí uma peregrinação. Um ortopedista, afinal os movimentos da mão e braço esquerdo estavam cada vez mais difíceis. Diagnóstico: sídrome do túnel do carpo. Resultado: fisioterapia ou então – cirurgia.

O incomodo aumentava. Daí vieram o neurologista e o neurocirurgião. E mais uma vez, um diagnóstico errado. Eu deveria usar um colar cervical ou até mesmo colocar uma placa de metal na coluna.

Cirurgia, não. Que tal buscar uma outra opinião. Um outro neurocirurgião. Outro exame e ele diz:

_Você tem um desgaste na sexta vértebra, mas não é caso de cirurgia. Porém eu vejo sintomas do mal de Parkinson. Procure um neurologista.

Marquei consulta e passei por novos exames. Diagnóstico: Mal de Parkinson. As palavras do médico se perderam no tempo. “Fugiram” da memória. O que ficou de lembrança daquele dia no final de outubro de 2008 foi:

_ “Não se preocupe, disso você não morre”. Essas foram as palavras finais do médico ao se despedir de mim na porta do consultório.

E agora! O que fazer!